As mudanças climáticas e a pressão sobre recursos hídricos provocaram alguns dos períodos de seca mais extensos e prejudiciais já registrados desde 2023, aponta um novo relatório apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta quarta-feira (2).
O estudo, intitulado “Drought Hotspots Around the World”, foi elaborado pelo Centro Nacional de Mitigação da Seca dos Estados Unidos (NDMC, na sigla em inglês) em parceria com a Convenção da ONU de Combate à Desertificação (UNCCD).
O relatório apresenta um panorama dos impactos da seca até os dias atuais e destaca que regiões como o sul da África, o Mediterrâneo, o sudeste asiático e a América Latina enfrentaram no período os efeitos mais severos do fenômeno.
E esses eventos, segundo a pesquisa, não são mais exceções: estão se tornando parte de uma nova realidade global impulsionada pelo aquecimento do planeta e pela má gestão dos recursos naturais.
No Brasil, a seca extrema que atingiu a Amazônia entre 2023 e 2024 é descrita como um dos eventos mais graves do período, com impactos profundos sobre os ecossistemas e as populações ribeirinhas do bioma.
A estiagem fez os níveis dos rios caírem a recordes históricos, provocando a morte de animais, comprometendo o abastecimento de água, a navegação e o atendimento básico de saúde em áreas isoladas do norte do país.
