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100 dias após morte de mulher no Isea, marido cobra explicações e diz que dor aumenta com demora

O marido de Maria Danielle, mulher que morreu após perder o filho e o útero, um mês depois de ser atendida no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, afirma que não tem respostas formais sobre as investigações do caso, que completa 100 dias nesta quinta-feira (3).

A Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande informou que a investigação interna sobre a morte de Maria Danielle, a perda do filho e do útero, foi finalizada, mas não divulgou o resultado, porque aguarda finalização da investigação total pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). O MPPB, por sua vez, informou que a promotora Adriana Amorim, responsável pelas investigações, recebeu as conclusões e que analisa o resultado. Somente depois disso, um parecer do órgão vai ser emitido.

Ouvido durante a própria investigação, o marido Jorge Elô revelou que tomou conhecimento apenas pela imprensa de que a sindicância havia sido concluída. Ele explica que detalhes maiores sobre a morte da mulher não foram informados a ele.

“Não houve contato direto comigo. Hoje, completam-se 100 dias do falecimento da minha esposa e é frustrante constatar que, mesmo diante da gravidade dos fatos e da relevância social envolvida — considerando que ela era servidora pública municipal e uma das assistentes sociais mais dedicadas da cidade —, ainda não há nenhuma posição formal por parte da prefeitura. Essa demora, além de desrespeitosa, agrava ainda mais a dor da minha família”, disse.

Conforme a Secretaria de Saúde de Campina Grande, a segunda ampliação do prazo para investigação da morte foi realizada por conta do período de luto do marido de Maria Danielle, Jorge Elô, que foi o último ouvido no processo da sindicância.

O marido disse ainda que suspeita da utilização de um medicamento intravenoso na esposa que, segundo ele, aceleraria o parto, e que contribuiu para a morte da esposa e do filho. Ele acusa o médico que estava de plantão no dia da morte de negligência. Este médico, inclusive, era responsável pelo acompanhamento prévio da esposa na gravidez.

“Se não fosse pela administração inadequada do medicamento intravenoso, a ruptura uterina que resultou na morte de Danielle e Davi Elô não teria ocorrido”, opinou.

 

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