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À PF, Cid nega ter criado perfil e troca de mensagens com advogado de réu

O tenente-coronel Mauro Cid negou, em novo depoimento à PF (Polícia Federal), ter trocado mensagens com o advogado Eduardo Kuntz nos primeiros meses de 2024. O militar prestou esclarecimentos no âmbito de inquérito de obstrução de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal).

Cid disse, na terça-feira (24), ao delegado responsável por conduzir a apuração, que não criou o perfil “Gabrielar702” no Instagram, que não sabe quem teria criado a conta e que não realizou contato com Kuntz no período em que o advogado afirmou ter mantido conversas com o militar.

O ex-ajudante de ordens também negou ter encaminhado uma foto sua para o advogado por meio do perfil de Instagram. A foto foi enviada, segundo Kuntz argumentou ao STF, como prova de que ele conversava com Cid pela rede social.

O tenente-coronel afirmou ainda que não conversou com o advogado sobre o conteúdo e nem sobre a legalidade do seu acordo de colaboração por nenhum meio. De acordo com Cid, em nenhum momento ele conversou com Kuntz sobre a possibilidade de trocar sua defesa técnica no STF.

Cid explicou ao delegado da PF que não possui relação de amizade com o advogado e que conheceu Kuntz no primeiro semestre de 2023, quando ele ainda era advogado do ex-presidente.

O militar disse que o advogado e Fábio Wajngarten, que integrou a defesa do ex-presidente, o visitaram na prisão em maio de 2023 e que se recorda de um encontro “fortuito” com Kuntz na hípica de Brasília em fevereiro do ano passado.

Cid afirmou que, ao analisar o telefone celular de sua filha mais nova, identificou que Kuntz e Wajngarten estavam mantendo contato constante com ela por meio do WhatsApp e do Instagram. As conversas, de acordo com Cid, duraram de agosto de 2023 até o primeiro semestre de 2024.

Ao negar que tenha mandado uma foto a Kuntz, o tenente-coronel disse acreditar que “tenha sido algum arquivo vazado e que foi usado para compor a imagem apresentada pelo advogado de Marcelo Câmara”.

Cid declarou à PF que jamais foi procurado diretamente pelo coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, para saber sobre a delação – e que não sabe dizer se outras pessoas, no caso advogados, o fizeram por pedido de Câmara.

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